quinta-feira, 26 de agosto de 2010

O melhor...

"Se bem feito, o que sobra é sempre bom
Não sobra porque restou
Sobrou pq foi muito,  mas não é resto
É bom, é sincero, é forte
O importante é que não acabou, apenas se transformou"
Fabiane Siqueira

Inspirado por....
Cazuza
Composição: Cazuza / Frejat

Hoje eu acordei com medo
Mas não chorei, nem reclamei abrigo
Do escuro, eu via o infinito
Sem presente, passado ou futuro
Senti um abraço forte, já não era medo
Era uma coisa sua que ficou em mim
E que não tem fim
De repente, a gente vê que perdeu
Ou está perdendo alguma coisa
Morna e ingênua que vai ficando no caminho
Que é escuro e frio, mas também bonito porque é iluminado
Pela beleza do que aconteceu há minutos atrás

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Só quero os porcos!!

Há muito tempo atrás, em um treinamento daqueles “super legais” motivacionais, o treinador falava sobre comprometimento e citava o café da manhã americano como exemplo... era mais ou menos assim...


- No café da manhã teremos omeletes com bacon... Assim envolveremos os porcos e as galinhas no evento... contudo a galinha será apenas envolvida, fornecendo seus ovos... mas o porco... este está comprometido, dará a sua vida pelo café da manhã...

Eu sempre fui porco!!! Sãopaulina de coração... mas porco, em qualquer situação!!

Não suporto quem não se “coloca”, manifeste-se, dê a sua opinião, tenha atitude, COMPROMETA-SE!!!

O silêncio favorece o opressor e nunca o oprimido!!

Tenha coragem de assumir as suas escolhas... compromisso é isso, uma ESCOLHA, e claro, junto com cada uma delas vem uma (ou mais) renúncias... Mas, comprometa-se também com as suas renúncias!! Faz parte da vida de um ser humano adulto, normal e responsável: dar satisfações e fazer concessões.

Não consigo me relacionar com quem não se compromete, é superficial demais... Claro que é mais perigoso, mas e daí??? Deixa queimar, o que não mata, fortalece!!!

Deixar as coisas nas entrelinhas esperando que a minha criatividade desvende... é um péssimo negócio.

Eu escolho que na minha vida só ficam os PORCOS! As galinhas serão tratadas como tal...

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Julgamento

Me sentindo absolutamente ferida pelo julgamento alheio, resolvi tentar a praticidade para abstrair esses pensamentos, e encontrei o seguinte:

" O termo julgamento geralmente se refere às avaliações consideradas de provas para a formação de uma decisão embasada. O termo tem três utilizações distintas:

• Informal e psicológico: usado em referência à qualidade das capacidades cognitivas e adjudição de particulares, normalmente chamado sabedoria ou discernimento. Por exemplo: um julgamento de uma exposição como miss, gado, cavalo, cães, etc.

• Legal: utilizado no contexto de segurança, o julgamento se refere ao final da constatação, declaração, ou decisão, com base no peso considerado de cada um dos elementos de prova.

• Religioso: utilizado no conceito de salvação para se referir ao julgamento decisivo de Deus na causa com recompensa ou punição para cada ser humano."

Isto posto:

Fazer qualquer tipo de julgamento a meu respeito é um absurdo, além de ser pouco inteligente:

- Não conheço uma única pessoa que saiba sobre minha vida, a ponto de ter algum dicernimento para construir alguma sabedoria a respeito;

- Como também, não há constatação, declaração. Qualquer elemento de prova apresentado é absolutamente circunstancial, visto que, não pode ser afastado de um todo;

- Por favor, eu não preciso ser salva de nada...e... Não pedi ajuda de ninguém .......

Logo, essas falsas decisões não tem qualquer embasamento, assim, meu ouvido não é penico... poupe-me...

Como diria Mario Quintana...

Não tenho vergonha de dizer que estou triste,
Não dessa tristeza ignominiosa dos que, em vez de se matarem, fazem poemas:
Estou triste por que vocês são burros e feios
E não morrem nunca...

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Um pouco do Calor de Olavo Bilac

Quero um beijo sem fim,

Que dure a vida inteira e aplaque o meu desejo!
Ferve-me o sangue. Acalma-o com o teu beijo,
Beija-me assim!
O ouvido fecha ao rumor
Do mundo, e beija-me, querida!
Vive só para mim, só para a minha vida,
Só para o meu amor!

Fora, repouse em paz
Dormida em calmo sono a calma natureza,
Ou se debata, das tormentas presa,
Beija inda mais!
E, enquanto o brando calor
Sinto em meu peito de teu seio,
Nossas bocas febris se unam com o mesmo anseio,
Com o mesmo ardente amor!

De arrebol a arrebol,
Vão-se os dias sem conto! e as noites, como os dias,
Sem conto vão-se, cálidas ou frias!
Rutile o sol
Esplêndido e abrasador!
No alto as estrelas coruscantes,
Tauxiando os largos céus, brilhem como diamantes!
Brilhe aqui dentro o amor!

Suceda a treva à luz!
Vele a noite de crepe a curva do horizonte;
Em véus de opala a madrugada aponte
Nos céus azuis,
E Vênus, como uma flor,
Brilhe, a sorrir, do ocaso à porta,
Brilhe à porta do oriente! A treva e a luz - que importa?
Só nos importa o amor!

Raive o sol no Verão!
Venha o Outono! do Inverno os frígidos vapores
Toldem o céu! das aves e das flores
Venha a estação!
Que nos importa o esplendor
Da primavera, e o firmamento
Limpo, e o sol cintilante, e a neve, e a chuva, e o vento?
- Beijemo-nos amor!

Beijemo-nos! que o mar
Nossos beijos ouvindo, em pasmo a voz levante!
E cante o sol! a ave desperte e cante!
Cante o luar.
Cheio de um novo fulgor!
Cante a amplidão! cante a floresta!
E a natureza toda, em delirante festa,
Cante, cante este amor!

Rasgue-se, à noite, o véu
Das neblinas, e o vento inquira o monte e o vale:
"Quem canta assim?" E uma áurea estrela fale
Do alto do céu
Ao mar, presa de pavor:
"Que agitação estranha é aquela?"
E o mar adoce a voz, e à curiosa estrela
Responda que é o amor!

E a ave, ao sol da manhã,
Também, a asa vibrando, à estrela que palpita
Responda, ao vê-la desmaiada e aflita:
"Que beijo, irmã!
Pudesses ver com que ardor
Eles se beijam loucamente!"
E inveje-nos a estrela... e apague o olhar dormente,
Morta, morta de amor!...

Diz tua boca: "Vem!"
"Inda mais!" diz a minha, a soluçar...Exclama
Todo o meu corpo que o teu corpo chama:
"Morde também!"
Ai! morde! que doce é a dor
Que me entra as carnes, e as tortura!
Beija mais! morde mais! que eu morra de ventura,
Morro por teu amor!

Ferve-me o sangue: acalma-o com teu beijo!
Beija-me assim!
O ouvido fecha ao rumor
Do mundo, e beija-me, querida!
Vive só para mim, só para a minha vida,
Só para o meu amor!

Fantástico Olavo Bilac

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Não ter pena de si mesmo...

Nunca vi um animal selvagem ter pena de si mesmo, um pássaro cai morto de cima de uma árvore, sem nunca ter sentido pena de si mesmo.


Outro dia postei esse pensamento no FB e um amigo meu, de forma bastante clara, me disse que não havia entendido nada... Achei que era piada, mas conversando com outra pessoa, ao tentar me explicar o enredo desse pensamento, percebi que havia mais de uma interpretação e assim, dava um post...rs

Ao pé da letra, uma animal age por instinto e faz o que precisa ser feito sem pestanejar... Se precisa entrar no rio, não fica imaginando o frio que vai sentir, o resfriado que poderá ter, ou ainda o cansaço se entrar no rio e não conseguir o que planeja. Ele simplesmente faz o que precisa ser feito e ponto. Independentemente do resultado final ele não se questiona, pois tem a certeza de que fez o melhor.

Um animal não deixará de entrar numa disputa com medo de se machucar, mesmo sendo menor e mais fraco. Após a briga, machucado, entraria novamente em uma outra briga sem pensar em seus ferimentos, sem sentir pena de si mesmo!

A busca pela superação, por fazer o melhor com o objetivo sempre de ganhar, não deixar de fazer nada por PENA de Si Mesmo!

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Aprendendo a Amar e Respeitar

Sempre tive cachorros... sou louca por eles... estão sempre no colo, chamo de filho, dormem na cama e as vezes dividimos o sorvete...

Tenho dois: O Boni – macho castrado que é pai da Karu- fêmea com um temperamento muito parecido com o meu... Já me fez passar muita vergonha tentando morder cães maiores e crianças...

Há quase dois anos quando minha filha nasceu, eles perderam o reinado. Nada de dormir na cama, nada de colo, nada de latir... além de perderem a mordomia, perderam toda a atenção para a Manoela.

Neste tempo de convívio entre os três, já saíram alguns “arranca pelos”, nada muito grave, mas quem trazia o maior perigo era a Manoela que não tem nenhum medo deles... A alegria dela é sair correndo atrás deles puxando pelo rabo... Claro que eles fogem dela.

No começo eles rosnavam, nem chegavam perto... a Karu chegou a avançar na Manu uma vez...

Tenho percebido que o relacionamento dos três amadureceu...rs

A Manoela não puxa mais o rabo deles, chama com o “bifinho”na mão, e faz carinho... e eles não fogem dela...

A Karu (mesmo dormindo) acorda com o chorinho da Manoela e é a primeira a chegar no quarto pra “ver o que está acontecendo”. Se eu demoro um instante a mais pra atender ao choro da Manoela, qualquer um achará graça nos dois cães rosnando ao meu lado...rs

Os três encontraram seu espaço, aprenderam seus limites, o respeito e se amam... é claro que vez ou outra sai um “pega”, mas nada agressivo.

Para chegarem a isso, nenhum deles precisou de terapia, conselhos ou passar horas em uma DR (Discutindo Relação), eles somente precisaram SE CONHECER...

Se isso é instinto, cadê o Meu???

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Inspiração em Clarisce...

Sempre que preciso buscar inspiração para algo, leio Clarisce... é como se minha vida ficasse em standy by e por um momento eu pudesse viver o que ela escreve... É uma excelente forma de me sentir melhor...


"Ah, e dizer que isto vai acabar, que por si mesmo não pode durar. Não, ela não está se referindo ao fogo, refere-se ao que sente. O que sente nunca dura, o que sente sempre acaba, e pode nunca mais voltar. Encarniça-se então sobre o momento, come-lhe o fogo, e o fogo doce arde, arde, flameja. Então, ela que sabe que tudo vai acabar, pega a mão livre do homem, e ao prendê-la nas suas, ela doce arde, arde, flameja."
in "Onde estivestes de noite" - 7ª Ed. - Ed. Francisco Alves - Rio de Janeiro - 1994 - Clarisce Lispector

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Desejo...

"Que eu continue com vontade de viver,


mesmo sabendo que a vida é,em muitos momentos,

uma lição difícil de ser aprendida.

Que eu permaneçacom vontade de ter grandes amigos,

mesmo sabendo que,com as voltas do mundo,

eles vão indo embora de nossas vidas.

Que eu realimente sempre a vontade de ajudar as pessoas,

mesmo sabendo que muitas delas são incapazes dever,

sentir,entender ou utilizar essa ajuda.

Que eu mantenha meu equilíbrio,

mesmo sabendo que muitas coisas que vejo no mundo

escurecem meus olhos.

Que eu realimente a minha garra,

mesmo sabendo que a derrota e a perdasão ingredientes

tão fortes quantoo sucesso e a alegria.

Que eu atenda sempre mais à minha intuição,

que sinaliza o que de mais autêntico eu possuo.

Que eu pratique mais o sentimento de justiça,

mesmo em meio à turbulência dos interesses.

Que eu manifeste amor por minha família,

mesmo sabendo que ela muitas vezes

me exige muito para manter sua harmonia.

E,acima de tudo...

Que eu lembre sempre que todos nós

fazemos parte dessa maravilhosa teia chamada vida,

criada por alguém bem superior a todos nós!

E que as grandes mudanças não ocorrem por grandes feitos

de alguns e,sim,nas pequenas parcelas cotidianas

de todos nós!"



Chico Xavier