segunda-feira, 21 de junho de 2010

Racionalizando Sentimentos

Eu sou uma pessoa intensa, amo muito, odeio pra sempre, me divirto como ninguém...e claro, me aborreço com facilidade...

Durante a minha vida, venho me treinando para racionalizar meus sentimentos. As pessoas mais contidas são mais educadas, mais “profissionais”. Os passionais são tidos como “excêntricos” se homens e “neuróticas” se mulheres...

No campo profissional eu concordo que esse treinamento seja indispensável e requerido, contudo, no campo afetivo acho falho...

Citando um ditado popular: “Se pensar muito, não casa”... não beija, não abraça e não ama!!! Não conheço quem intitule como uma grande demonstração pública de afeto, um ato que não seja passional, irracional... tem que ser assim, pra ser memorável!

Será possível ter sentimentos intensos e reações contidas? Será que não é simulação, falsidade??

Demonstrar que ama é exagero? Será que o exagero é piegas? Será que ser piegas é feio?? Será que isso é coisa de menina??

Relacionamentos contidos são perfeitos para ver... Vc vê aquele casal, sempre tranqüilo, mesmo quando estão brigando ninguém percebe, estão sempre de mãos dadas, carinhosos em aparente harmonia... mas, quem nunca viu aquele “outro” casal que de longe dá pra ver faíscas?? Tenho sempre a impressão de que esse “segundo” se diverte mais...

Num bar, aquela amiga que menos se preocupa com as “outras pessoas”: dança com todos, todas as músicas, faz amigos, não paga a conta e vai embora de carona... a “outra”ficou na mesa preocupada, não ouviu a música, não dançou, pagou a conta e foi embora sozinha... Ser feliz ou ter razão???

Quem pensa menos, age mais, se diverte mais, não sente culpa, não precisa de explicações, não gasta com terapeuta...

Quem racionaliza sentimentos, enfraquece o coração e perde oportunidades...

2 comentários:

  1. Não sei não. É enfadonho ser sempre racional.

    Viver a vida com sede de viver e experimentar não exclui os cuidados que se deve ter no meio do caminho para não se acabar por freá-la antes da hora e por um ponto final ao prazer que se buscava ter.

    Viver um amor com calor e magnitude não é sinônimo de fazê-lo a todo momento com fagulhas que podem incendiar a relação até só sobrar pó!

    A razão não existe à toa!

    Nem mesmo animais rotulados não racionais agem impulsivamente, sem temor de um resultado que lhe será negativo.

    O problema é que a mediania e o equilíbrio poucos conseguem ter.

    Há os chatos, inseguros e que por isso são extremamente cuidadosos e se preocupam mais com a forma do que com o conteúdo. São eles que dão vida à frase de Sartre: "O inferno são os outros".

    Há quem, por outro lado, seja viciado (isso mesmo: VICIADO)na adrenalina e nas fagulhas de uma paixão. Justamente por isso vive relações pessoais e amorosas frívolas mas intensas o bastante para dar aquela sensação física que muitos obtém com o CRACK (linguagem figurativa para ilustrar a questão). E como essa sensação não dura para sempre com uma mesma pessoa, é comum ver o viciado sempre mudando de parceiros, sempre repleto de "amigos", sempre acompanhado.

    Mas vazio, numa solidão inconfessável e repleta de gente!

    Quem age com a razão tem a oportunidade de reconhecer que amigos lhe interessam, que oportunidades valem a pena viver e que riscos valem a pena enfrentar, quais oportunidades lhe agregarão pouco a ponto de desprezá-las e por quais amores vale ser explícito.

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  2. Querido Dr.,

    Seu portugues é tão melhor que o meu, que depois de ler seu comentário eu pareço uma idiota...rs

    Quando eu disse que era ruim racionalizar, eu me referia em racionalizar tudo, deixar tudo morno, perder a parte boa da adrenalina...

    Algo muito parecido com "desejo e medo"...

    Vamos discutir isso tudo depois e faremos um post juntos...

    Combinado??

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