No último sábado fui levar minha filha de quase 3 anos ao teatro... Fomos assistir ao Castelo das Princesas em cartaz no (decadente) Teatro Bibi Ferreira no centro de São Paulo.
A história se desenrola no falido castelo da Fada Madrinha que depois de errar muito em seus feitiços, perdeu seus poderes e para sobreviver transformou o castelo (des) encantado numa pensão para moças. Qual a minha surpresa quando entrando uma a uma, formou-se a freguesia com as seguintes clientes: Cinderela, Bela Adormecida, Rapunzel e a Branca de Neve.
Inicialmente entra a Bela Adormecida dizendo que seu casamento havia sido anulado, pois o príncipe e noivo resolveu beijar todas as outras mulheres do reino... Daí a Bela, se aproveitou da pele ótima de quem dormiu por 100 anos e virou empresária de cosmetologia e estava muito feliz e realizada.
Em seguida entra a Branca de Neve dizendo que o “felizes para sempre” não rolou, visto que, o príncipe era muito ciumento com seus amigos anões o que inviabilizou o relacionamento. Assim, ela resolveu sair da casa dos amigos e procurava um lugar pra se descobrir...
Juntas, discutindo feito duas funkeiras, entram Rapunzel e Cinderela, disputando uma vaga na pensão. A Fada Madrinha acalmou a discussão oferecendo vaga as duas e questionando o motivo da viagem... Cinderela falou do seu príncipe, o descreveu como um metrosexual chato, e orgulhosa anuncia que o deixou... Rapunzel, dando força a amiga, disse que depois que encontrou seu príncipe seu cabelo caiu de tanto nervoso e o colocou pra correr...
O final da história conta com a retórica da Fada Madrinha dizendo que não há mágica que traga a felicidade de ninguém e que todos nós devemos ir em busca do final feliz para sempre...
Graças a Deus, milha filha estava tão encantada com a visão das princesas, dos vestidos e tudo o mais que não entendeu o contexto da peça, apenas se divertiu vendo os personagens... Eu pude ver, com tristeza, os rostinhos decepcionados de outras crianças olhando para suas mães com cara de “Oi? Quem fez gol???”
A desfaçatez com que as “heroínas” tratavam seus príncipes desencantados era para dar razão a uma ação de danos morais com pagamento de indenização e retratação, além de generalizar o jargão de “nenhum homem presta” nem mesmo os príncipes encantados.
Sem criar polêmica, não acredito que é essa mensagem que se deva passar a crianças, sejam elas meninos ou meninas. Existem pessoas boas e más independente do sexo!! Estimular essa competição/discriminação sexista é no mínimo motivo para muita terapia na fase adulta.
Algumas mulheres se perderam no meio de tanta modernidade, lutaram tanto por liberdade e igualdade, mas estão em guerra com tudo e todos!!! Tem gente metendo os pés pelas mãos e isso não vai acabar bem pra ninguém... e agora, nem mesmo a Fada Madrinha poderá nos ajudar... Quem sabe o Chapolin Colorado possa!!!!
Gente, que horror? era peça infantil? Que medo
ResponderExcluirBeijos,
Van (de chicago)
Tô rindo porque também levei susto! Peça infantil! hauahau me faz rir isso, gente!
ResponderExcluirAhhh o velho e terrivel sexismo. Antes eram os homens, hoje as mulheres...esse é o tipo de papo que causa polêmica e nos leva longe. Precisamos ou não de sermos amados num nível mais romântico? Cada um cada um...
ResponderExcluirOlha , eu acho que esse tipo de peça deveria ser pra crianças com seus 12 anos acima , porque é interessante ? é , mais pra crianças mais velhas enfim , eu gostei da peça , mais não é pra idade das criancinhas kkk , beijos
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